OOCA: O novo espaço dedicado à arte contemporânea que persegue o futuro consciente das raízes identitárias

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“Há uma complementaridade entre estes dois espaços: a Rocket Shop que aponta para o futuro pelo futuro e a OOCA que aponta para o futuro pelas raízes da arte identitária. Esperamos criar uma viagem inesquecível pelo universo das marcas e das artes”, refere Carlos Coelho.

A Ivity Brand Corp, empresa que há quase 40 anos se dedica à criação e comunicação de marcas, volta a inovar e a provocar o mercado com o lançamento de um novo espaço em Lisboa, a Rocket Shop, pensada de raiz para dar palco ao futuro das marcas e aos desafios, conhecidos e desconhecidos, que estas vão enfrentar nos próximos anos.

A menos de 1km deste espaço, a OCCA (Oficina do Olival Contemporary Arts): uma galeria de arte contemporânea. Com cerca de 300m2, o espaço foi aproveitado através de uma antiga oficina de automóveis, de modo a acolher exposições e eventos. Até ao dia 17 de Setembro, a OCCA apresenta a exposição “Bi-ssente”, do artista Idalécio e a exposição “Olhares cruzados”, do designer e fotógrafo Luís Mileu.

Sobre as exposições:

BI-SSENTE DE IDALÉCIO

E OLHARES CRUZADOS DE LUÍS MILEU

BI-SSENTE é uma exposição cuja narrativa se expressa na língua das emoções. Sentir duas vezes (Bi-SSente) é um desafio regressivo de simplificação da forma como processamos a vida.

É viver ao contrário, da maturidade para a infância.

As obras expostas são uma seleção da OOCA sobre os últimos 8 anos de produção artística de Idalécio. Sagrado, profano, simplificado, crítico, inocente, mas sempre imaturo e “torto” como um ramo da árvore acabado de romper.

Idalécio conta histórias com as mãos. Luis conta histórias com os olhos.

Idalécio cria peças fora do quadrado, toscas e irregulares, segundo as palavras de LuÍs.

Luís passeou uma tarde no local preferido dos passeios no campo de Idalécio.

Ambos se riram. O humor para acontecer, persistir e ser relembrado tem de ser partilhado de forma cruzada.

Liberdade – é a placa que se lê quando se encontram a meio de bifurcação.

Liberdade que se sente e que se consente.

Os dois retratos, um de olhos abertos e outro de olhos fechados, reflectem como os artistas abraçam uma produção “fora da linha do quadrado”.

Mileu sentiu-se numa fase de preparação ao viver numa zona rural e por isso quando aceita este desafio já se encontra numa fase de mudança e de se influenciar mais e mais pela Natureza.

É nesse Liberdade através da Natureza que Idalécio e Mileu caminham juntos na bifurcação dos OLHARES CRUZADOS.

Segundo Luís, “Metaforicamente idealizamos sempre algo no exterior quando se reflecte sobre Liberdade”. O voo de um pássaro ou o crescimento multidireccional, das raízes e ramos, das árvores surgem como imagens imediatas desta liberdade no nosso cérebro.

É por isso que Mileu, contaminado pela brincadeira e a irregularidade, encontra uma plataforma onde arrisca o conceito de fotografia e assume a fotografia escultórica.

As fotografias escultóricas são as estátuas de Luis que se juntam aos “Idalécios” numa contemporaneidade, irregularidade e liberdade mútuo.

Dialogam constantemente e em ciclo de duplo sentido: as árvores de Luís Mileu são a matéria bruta das esculturas de Idalécio – são os pilares da criação artística. E as esculturas de Idalécio são a homenagem ao potencial do que essas criações podem trazer: a autenticidade e a alegria da alma.

Olhares cruzados é uma bifurcação necessária em que ambos se encontram a meio.

Idalécio é reconhecido pelo olhar de Luís.

Luís é contagiado pela extravagância de Idalécio e por isso o Luís sugere: “Aproveite”.

Textos: Carlos Coelho & Inês da Câmara